Mulheres inspiradoras: referências femininas para celebrar conquistas o ano todo

Confira a trajetória de mulheres inspiradoras de diferentes épocas e lugares que são reconhecidas no mundo todo pela sua competência e perseverança.

No dia 8 de março é celebrado o Dia Internacional da Mulher. Apesar de ser instituída pela ONU somente em 1975 como marco dos direitos e conquistas sociais e políticas das mulheres para a igualdade de gênero, a data é lembrada desde o início do século 20.

O dia da mulher surgiu de protestos nos Estados Unidos e na Europa em diferentes ocasiões na década de 1910. Em todas essas ocasiões, o que ocorria em comum era a saída das trabalhadoras da indústria às ruas, porque clamavam pela redução da carga horária superior a 16h diárias e pagamento de melhores salários. 

Portanto, as origens do 8 de março e a trajetória de lutas das mulheres por igualdade estão associados à busca por melhores condições de trabalho. Passado mais de um século, de conquistas e desafios, as mulheres ainda convivem com as desigualdades de gênero na sociedade. 

Ainda é necessário quebrar barreiras contra uma série de preconceitos. Por isso é importante espelhar-se nas trajetórias de outras mulheres inspiradoras com o objetivo de se preparar para enfrentar as prováveis adversidades.

a mulher no mercado de trabalho

A mulher no mercado de trabalho: dificuldades e conquistas

Houve um tempo em que mulheres não podiam votar, se divorciarem, dentre tantos outros direitos à liberdade de terem os comportamentos que bem entendessem. Porém, de lá para cá, lutaram e conquistaram direitos, mas ainda distantes da igualdade de gênero, o que se reflete também no mercado de trabalho.

As mulheres brasileiras, por exemplo, dedicam mais tempo ao trabalho remunerado somado às atividades domésticas, em comparação aos homens. Embora não seja o único motivo, isso acontece principalmente por uma questão cultural, que atribui à mulher a responsabilidade principal de cuidar dos filhos, dos familiares mais velhos e maridos, além de contribuírem na renda da casa.

Entre elas, o desemprego é maior, e a remuneração e as chances dentro das empresas, menores. Poucas mulheres exercem cargos de chefia no país, em virtude de terem poucas oportunidades de ascensão. Porém, algumas conseguem alcançar esse objetivo de carreira, mas quando essas conquistam lugares de poder, não quer dizer que a igualdade foi atingida, e sim que são exceções.

Sendo assim, por outro lado, exemplos de mulheres inspiradoras do passado e do presente que trabalham ou trabalharam com o que gostam e cujos nomes são sinônimo de sucesso ajudam no aumento da representatividade. Assim, olhar para elas revela que, apesar das dificuldades que lhes são impostas, o lugar da mulher é onde ela quiser.

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Mulheres Inspiradoras: Nomes, lutas e conquistas

A seguir, trazemos cinco breves relatos de trajetórias de mulheres inspiradoras de diferentes épocas, lugares, crenças, etnias e profissões. Em suma, cada uma dessas mulheres são reconhecidas pela competência e perseverança no caminho que trilharam e também podem inspirar você.

Malala Yousafzai

Malala é uma jovem ativista paquistanesa que defende os direitos humanos das mulheres e o acesso à educação. Em 2009, quando tinha 11 anos de idade, Malala escreveu um blog para a BBC sob um pseudônimo. Nas postagens, contava como era sua vida durante a ocupação do Talibã, já que queria poder falar das tentativas de proibição de jovens frequentarem a escola na região onde morava.

No ano seguinte, o New York Times publicou um documentário sobre a menina, aumentando sua popularidade. Porém, pouco tempo depois, Malala sobreviveu a um ataque do Talibã. Dessa forma, o ocorrido desencadeou um movimento nacional e internacional de apoio à jovem e à promoção da educação infantil. 

Ela foi a pessoa mais jovem a conquistar um Nobel da Paz, em 2014, visto que sua luta contra a supressão das crianças e jovens e pelo direito de todos à educação se tornou conhecida por todo mundo.

Malala também é autora de livros, com os seguintes escritos:

  • Eu sou Malala – A história da garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo Talibã (2013)
  • Malala e Seu Lápis Mágico – voltado para o público infantil (2017)
  • Longe de casa: Minha jornada e histórias de refugiadas pelo mundo (2019).
https://www.youtube.com/watch?v=iS_mNOjQGvA

Marie Curie e Irène Joliot-Curie

Nascida na Polônia, Marie Curie, esta cientista (física e química) e professora universitária foi a primeira mulher a conquistar um prêmio Nobel. Da mesma forma, é a única pessoa até hoje a receber essa distinção duas vezes. Enfim, dentre suas contribuições para o mundo, estão a descoberta da radioatividade e de dois elementos químicos: o polônio e o rádio, utilizados no tratamento de doenças. 

Sua filha, a francesa Irène Joliot-Curie, inspirou-se na mãe e se tornou também uma referência no campo científico. Doutora em Matemática, Química e Física, Iréne demonstrou a estrutura do nêutron e descobriu a radioatividade artificial, que posteriormente possibilitou avanços na medicina radioativa. Sendo assim, visto que esse feito colaborou muito para a ciência, ela recebeu o Nobel de Química em 1935

Em um tempo de amplo predomínio dos homens na ciência, essas mulheres, em contrapartida, deixaram um legado para a vida na física, na química e na medicina!

Vigdís Finnbogadóttir

A islandesa Vigdís Finnbogadóttir foi a primeira mulher do mundo eleita democraticamente como chefe de Estado. Contudo, antes de chegar à presidência, Vigdís estudou Literatura e Teatro na França e se licenciou em Inglês e Francês quando voltou à terra natal. Portanto, posteriormente, nos anos 60 e 70, Vigdís participou de inúmeras reuniões em protesto pela retirada da Islândia da aliança militar da OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Vigdís ocupou a presidência da Islândia de 1980 a 1996, durante quatro mandatos em virtude de sua popularidade. Ela teve tamanha aprovação que se reelegeu democraticamente sem oposição.

Sueli Carneiro

A paulista Sueli Carneiro é filósofa, escritora e militante do movimento negro. Em suma, ela criou e dirige o Geledés – Instituto da Mulher Negra, que foi fundado em 1988.

Doutora em Educação pela USP, Sueli integrou o Conselho Nacional da Condição Feminina, em Brasília. Nesse sentido, através do Geledés, ela dá atendimento profissional e palestras na área da saúde voltados para as mulheres negras. Não somente essa, mas outras iniciativas implementadas foram o SOS Racismo, serviço de atendimento jurídico e psicológico a vítimas de discriminação, além do Projeto Rappers, meio pelo qual jovens negros promovem a cidadania por meio do rap.

Sendo assim, em 2017, ela recebeu o Prêmio Itaú Cultural 30 Anos, em reconhecimento de sua importância para a luta contra as desigualdades racial e de gênero no país. 

Só para exemplificar, algumas obras escritas por Sueli são: 

  • Escritos de uma vida (Editora Letramento, 2018)
  • Racismo, Sexismo e Desigualdade no Brasil (Selo Negro, 2011)
  • Mulher negra: Política governamental e a mulher (1985), com Thereza Santos e Albertina de Oliveira Costa.

Chimamanda Ngozi Adichie

Chimamanda é uma escritora nigeriana. Acostumada a escrever contos desde a infância publicou seu primeiro romance aos 26 anos, Hibisco Roxo. Logo depois, este e o segundo, Meio Sol Amarelo, têm como cenário seu país natal. Ambos lhe renderam vários prêmios literários, mas foi com Americanah que ela recebeu o aclamado National Book CriticsCircleAward, em 2013.

Dessa forma, os romances e palestras sobre feminismo e contra a discriminação sexual inspiraram lemas de marcas de roupas e letras do disco Lemonade, da cantora Beyoncé. Sendo assim, pela sua enorme expressividade, a obra de Chimamanda foi traduzida para mais de trinta línguas e apareceu em inúmeras publicações, entre elas a New Yorker e a Granta.

Abaixo, os livros publicados pela autora até o momento 

  • Purple Hibiscus (2003)
  • Half of a Yellow Sun (2006)
  • The Thing around Your Neck (2009)
  • Americanah (2013)
  • We Should All Be Feminists (2014)
  • Dear Ijeawele, or a Feminist Manifesto in Fifteen Suggestions (2017)

Maria da Penha

No ano de 1983, Maria da Penha foi vítima de dupla tentativa de feminicídio por parte de seu marido, Marco Antonio Heredia Viveros. Ele deu um tiro em suas costas enquanto ela dormia, a deixando paraplégica e com diversas outras complicações. Depois que retornou para casa, após duas cirurgias, Marco Antônio a manteve em cárcere privado e tentou eletrocutá-la durante o banho. Por isso, com essa grave situação, a família e os amigos de Maria da Penha que estavam cientes do ocorrido conseguiram dar apoio jurídico a ela, e também providenciaram a sua saída de casa. 

O caso Maria da Penha é representativo da violência doméstica à qual milhares de mulheres são submetidas em todo o Brasil. Por isso, sua trajetória em busca de justiça durante quase 20 anos fez dela um símbolo de luta por uma vida livre de violência. 

Por fim, em 2006 foi sancionada a Lei N.° 11.340, mais conhecida como Lei Maria da Penha, como reconhecimento de sua luta contra as violações dos direitos humanos das mulheres.

Maria da Penha ainda hoje fala sobre a sua experiência, dá palestras e luta contra a impunidade dessa violência, porque isso infelizmente ainda afeta milhares de mulheres, adolescentes e meninas em todo o mundo.

Mulheres inspiradoras no cinema

Pensando em exemplos de filmes que abordam a necessidade da igualdade de gênero, trouxemos duas dicas, que inclusive retratam as relações de trabalho em diferentes épocas. Uma mistura história e ficção, enquanto a outra trata de uma realidade alternativa, mas que está mais perto do que imaginamos:

As sufragistas (2005). 1h47min. Direção: Sarah Gavron. Gênero: Drama

A história do filme se passa no início do século 20 no Reino Unido e mostra como um um grupo de mulheres se mobilizou para conquistar o direito ao voto.

Eu Não Sou um Homem Fácil (2018). 1h38min. Direção: Eleonore Pourriat. Gênero: Comédia. 

Esta comédia francesa gira em torno do personagem Damien. Um dia, contudo, ele acorda em um mundo onde os papéis sociais de mulheres e homens se inverteram.

No mercado de trabalho, nos romances, na tela do cinema, no mundo real e na ficção, as mulheres perseveram, apesar do preconceito e da falta de oportunidades que lhes são impostas. Saber os motivos desses obstáculos e mirar nos exemplos de trajetórias brilhantes e de muito esforço é essencial para vislumbrar caminhos possíveis para reivindicar e buscar a igualdade, falando disso não só no 8 de março, mas em todas as datas e espaços.

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