O Agosto Lilás busca conscientizar sobre a violência contra a mulher e estimular as denúncias. Então, baixe gratuitamente nosso pacote de ações!
“Cadê meu celular? Eu vou ligar prum oito zero
Vou entregar teu nome e explicar meu endereço
Aqui você não entra mais
Eu digo que não te conheço
E jogo água fervendo se você se aventurar
Eu solto o cachorro
E, apontando pra você
Eu grito péguix guix guix guix
Eu quero ver você pular, você correr
Na frente dos vizinhos
‘Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim”
Maria de Vila Matilde – Elza Soares (2015)
Essa música, eternizada na voz de Elza Soares em 2015, conta a história da mãe de Douglas Germano, compositor da canção. “Eu vi essa Maria, minha mãe, apanhar em casa. Era garoto e podia fazer muito pouco além de sentir medo de meu pai e dó de minha mãe”, contou ele então em entrevista ao portal Rolling Stone.
Germano explicou ainda que a canção foi destinada a Elza Soares pois foi a primeira mulher que ele viu, ainda quando era uma criança, falar sobre o assunto.
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Elza também foi vítima
Assim como a mãe do compositor, Elza Soares também foi vítima de violência doméstica, porque foi violentada em seus dois casamentos. Em contraste com a personagem de Maria de Vila Matilde, Elza Soares viveu em um tempo em que a violência contra a mulher era “normal”. Ninguém costumava ouvir as vítimas. Similarmente, a cantora sofreu agressão durante o primeiro casamento e também pelo jogador de futebol Mané Garrincha, seu segundo marido.
De acordo com a artista, o casamento de 15 anos com o jogador foi bastante conturbado. Alcoólatra, ele a espancou inúmeras vezes, chegando a quebrar os dentes dela durante uma discussão.
A canção
Contada em primeira pessoa, a letra começa com a personagem Maria da Vila Matilde anunciando que vai denunciar seu marido à Central de Atendimento à Mulher no Ligue 180. Além disso, ela ainda o expulsa de casa, avisando que vai reagir caso ele retorne.
A ideia desta música é ridicularizar o agressor, mostrando dessa forma que a Maria da Vila Matilde não sente nenhum tipo de medo. Em certa altura da música ainda ironiza dizendo que vai “passar um cafezinho” enquanto ele é levado pelos policiais
Desde 2015, a música se tornou uma espécie de hino de enfrentamento, buscando motivar as mulheres a denunciarem seus agressores e saírem de uma situação de violência doméstica.
A realidade vivida pela Maria de Vila Matilde é a de milhões de brasileiras e é esta realidade que o Agosto Lilás busca combater todos os anos. Portanto, neste artigo vamos conhecer mais sobre a Lei Maria da Penha, os tipos de violência contra a mulher e como trabalhar a conscientização dentro da sua empresa.
O Agosto Lilás
Neste mês a Lei Maria da Penha comemora 14 anos e, em celebração à esta data, o mês de agosto fica lilás. Assim, o Agosto Lilás, como é conhecido, busca conscientizar sobre a violência contra a mulher e evidenciar os direitos femininos.
Ao contrário do que muitas pessoas ainda pensam, a violência contra a mulher não se resume apenas à forma física. A violência contra a mulher é todo ato que resulte em morte ou lesão física, sexual ou psicológica de mulheres, tanto na esfera pública quanto na privada.
Tipos de violência
Estão previstos cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher na Lei Maria da Penha: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial − Capítulo II, art. 7º, incisos I, II, III, IV e V. Nesse sentido, essas formas de agressão são complexas, perversas, não ocorrem isoladas umas das outras e têm graves consequências para a mulher. Afinal, qualquer uma delas constitui ato de violação dos direitos humanos e deve ser denunciada imediatamente. Vamos conhecê-las:
Incidência no Brasil
A violência contra a mulher é um problema muito sério no Brasil. Só para exemplificar, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em conjunto com o Instituto Datafolha*, a maioria da população brasileira sente que a violência contra a mulher aumentou entre 2007 a 2017. A maior percepção foi na Região Nordeste (76%), seguida pela Região Sudeste (73%). Além disso, dois a cada três brasileiros viram alguma mulher sendo agredida em 2016.
Estima-se que 536 mulheres foram agredidas, por hora, em 2018.
*Esses dados foram calculados considerando índices do Datafolha (fevereiro de 2019).
Porque falar do Agosto Lilás no ambiente de trabalho?
“Conhecia também uma violência praticada de forma quase invisível, que é o preconceito contra as mulheres, desrespeito que abre caminho para atos mais severos e graves contra nós. Apesar de nossas conquistas, mesmo não tendo as melhores oportunidades, ainda costumam dizer que somos inferiores, e isso continua a transparecer em comentários públicos, piadas, letras de músicas, filmes ou peças de publicidade. Dizem que somos más motoristas, que gostamos de ser agredidas, que devemos nos restringir à cozinha, à cama ou às sombras.” – Maria da Penha – Trecho do livro Sobrevivi…posso contar (1994).
Um levantamento realizado pelo Instituto Maria da Penha apontou que apenas 19% das empresas do Brasil combatem a violência contra a mulher e em menos de um terço é feito o monitoramento e a intervenção dos casos de agressão contra alguma funcionária. Em contrapartida, 55% das empresas declararam não possuir nenhuma política de enfrentamento.
Como abordar este tema?
Por causa de ter tanta relevância, ações de endomarketing desse tema se fazem mais do que necessárias. Vamos à algumas dicas de como debater o Agosto Lilás dentro das empresas:
Apoio Psicológico
O apoio psicológico pode, por exemplo, ser o empurrãozinho que falta para auxiliar uma mulher a tomar uma decisão difícil no combate à violência. Todavia, com o apoio da empresa tudo se torna mais fácil. Ofereça apoio psicológico, seja em forma de convênios ou indicações, e faça a diferença na vida da colaboradora.
Rodas de conversa
É sempre importante conversar sobre esse assunto com todos os colaboradores, não somente com as mulheres. Homens também precisam muito fazer parte deste tipo de debate. Dessa forma, desenvolva rodas de conversa e traga o assunto para a pauta, não somente durante o Agosto Lilás. Afinal, existe muita violência contra a mulher nos outros meses também.
Workshop
Workshops também são uma boa ideia no trabalho de conscientização. O IMP oferece às empresas o workshop “Violência doméstica e seu impacto no mercado de trabalho: porque as empresas devem se preocupar com isso?”.
Esse workshop é dividido em dois momentos: uma oficina de capacitação com gestores e uma palestra de sensibilização com os funcionários. Além disso, são abordados temas como papel do gestor no apoio à vítima, os tipos de violência, os mitos da violência doméstica e os equipamentos de atendimento à mulher em situação de violência. Conheça.
Redes Sociais Corporativas
O aumento no uso de redes sociais corporativas facilita o engajamento de um maior número de funcionários em uma causa. Nesse sentido, trabalhe a pauta através das redes sociais corporativas, através dos cards, enviando-os aos colaboradores e reforçando as pautas do mês.
Cartazes
Modelos de cartazes pautando o assunto podem ser afixados nos murais da empresa, principalmente em locais com alto nível de pessoas, como o refeitório ou canto do café. Este tipo de divulgação vem sendo cada vez menos usada, contudo ainda é muito assertiva em empresas que possuem colaboradores que preferem se informar por materiais impressos.
Leia mais sobre mulheres no ambiente de trabalho no nosso blog!
Agosto Lilás e TV corporativa
A TV corporativa, com sua função dinâmica, assertiva e atingindo todos os nichos, pode certamente ser uma forte aliada na conscientização à violência contra a mulher dentro da sua empresa. Vamos conhecer alguns exemplos de como abordar e debater esse tema com auxílio da TV corporativa.
Vinheta
Faça uso de uma vinheta animada e aproveite para divulgar informações rápidas sobre o que é o Agosto Lilás, sua importância e como denunciar situações de violência. Essa vinheta, por exemplo, mostra os tipos de violência e termina mostrando o telefone 180 para denúncia.
Material informativo
Aproveite os benefícios da TV corporativa e impacte os funcionários com materiais digitais informativos sobre o Agosto Lilás. Dessa forma, é possível oferecer pequenas quantias de informação referentes ao tema.
Você pode colocar trechos da Lei Maria da Penha, por exemplo, explicar são os tipos de violência doméstica e familiar, como é o ciclo da violência e mostrar os dados de violência no Brasil. Igualmente, você pode desconstruir os mitos, mostrar perguntas e respostas e as ações cabíveis contra os agressores ou ainda divulgar os telefones para denúncia.
Eventos
A TV corporativa ainda pode ajudar a divulgar datas e horários de rodas de conversa, workshops e palestras sobre o Agosto Lilás. Neste caso, é possível atingir todos os nichos de colaboradores da empresa ao mesmo tempo e levantar mais público para os eventos.
Concluindo
Enquanto você lia esse artigo*, pelo menos 5 novos casos de lesão corporal dolosa foram registrados e 116 mulheres sofreram agressão física.
O gritante índice de mulheres violentadas diariamente evidencia a necessidade que as empresas têm de abordarem este tema com cada vez mais frequência. Considerando que a violência contra a mulher não é apenas física, é essencial debater todos os tipos e conscientizar os colaboradores de políticas de enfrentamento e canais para denúncia. Assim, isso poderá ajudar prevenir novas violências e estimular que as mulheres possam sair desses relacionamentos abusivos.
No meio corporativo é possível abordar o Agosto Lilás não só através de palestras, workshops, oferecendo apoio psicológico, em redes sociais, como também é bacana fazer uso dos benefícios da TV corporativa para impactar todos os colaboradores de ações referentes ao mês.
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