Uma das maiores tendências em comunicação interna

No mundo da comunicação interna e do endomarketing, até pouco tempo, o poder de fala era das empresas. Eram elas que definiam o que, como e quando falariam a seus colaboradores.

No mundo da comunicação interna e do endomarketing, até pouco tempo, o poder de fala era das empresas. Eram elas que definiam o que, como e quando falariam a seus colaboradores. O colaborador não era, nem de perto, protagonista na comunicação interna. E as informações eram recebidas de forma passiva, sem que o público-alvo tivesse a oportunidade de responder ou de interagir. Nesse sentido, para explicar como essas mudanças estão acontecendo, o podcast Endomarketing Brasil lançou um episódio sobre as tendências em comunicação interna para 2022.

Quando muito, a repercussão e o protagonismo das pessoas encontrava espaço na famigerada rádio-corredor, como é chamada a troca informal de informações entre as pessoas nas empresas, dando margem a boatos, distorções e muita desinformação. E o principal drama de quem trabalhava com comunicação interna naquela época era fazer a “gestão” desta forma paralela de comunicação, desmentindo rumores ou gerando posicionamentos oficiais.

Hoje em dia, os profissionais responsáveis pela comunicação interna ainda são guardiões e observadores do que está sendo falado de forma informal. Mas o cenário é completamente diferente. Afinal, o mundo da comunicação como um todo mudou. Hoje todo mundo tem, na palma da mão, o poder de gerar conteúdo, de disseminar informações. E, em especial, de emitir opinião. 

O mundo mudou e a comunicação interna precisa considerar o colaborador como seu protagonista

E claro que isso tem consequências dentro das organizações.

Ou seja, o poder de fala e de reverberação vem trocando de mãos. O colaborador passa a ser também protagonista da comunicação interna.

Com a revolução das redes sociais, foi necessário desenvolver outras perspectivas para dar voz ao público interno.  

No episódio 1 do podcast Endomarketing Brasil, a entrevistada da vez foi Daniela Cidade, Diretora Regional da Aberje-RS, professora da ESPM e coordenadora da comunicação corporativa da Rede Marista. Ela aprofundou o tema:

“Os detentores das mídias e da fala, que eram as organizações e as empresas de mídia, hoje não têm mais esse poder exclusivo. O ‘bastão da fala’ está com qualquer pessoa, que se conecta, pode expressar sua opinião e questionar o que está acontecendo”, explicou.

É claro que existe o outro lado: um movimento de relativização da “verdade”, que passa a ser o ponto de vista de cada pessoa. Assim, entramos em uma nova era de opiniões. Isso vem mudando no mundo de forma geral e na comunicação. E se reflete também dentro das organizações. E, é claro, na comunicação interna e no endomarketing.

Este é um grande desafio para os profissionais da área. Afinal, exige que o profissional de comunicação abra, em certo nível, mão de colocar a mão na massa. Que dispense o papel de centralizar a produção de conteúdo, e inclusive adapte os canais e as ferramentas de comunicação interna disponíveis.

Atuação estratégica dos profissionais de comunicação

Daniela Cidade considera esse movimento positivo. 

“Durante muitos anos, os profissionais de comunicação reclamaram de ser muito operacionais. E agora temos, como nunca antes, a oportunidade de sermos estratégicos. E isso significa abrir mão dessa fala, desse fazer, da construção da narrativa de cima para baixo. Significa abrirmos espaço para essa fala emergir de baixo para cima, e de maneira orgânica, transparente. De forma que as pessoas se sintam confortáveis, em um ambiente legal, e que a comunicação possa fazer a curadoria disso. Isto é, colocar luz sobre o que é importante e o que faz sentido para a organização”, comentou.

Como transformar o colaborador em protagonista

O papel dos profissionais de comunicação, nesse contexto, é dar luz ao que faz sentido para a organização e as pessoas que fazem parte dela. É claro que isso não significa liberar que cada um diga o que bem entender. Mas, ao abrir mão do operacional, é possível ter um olhar mais amplo, permitindo que todos falem e estabelecendo diálogos.

Outro grande desafio que os profissionais de comunicação enfrentam é a necessidade de transformar a cultura das organizações. Afinal, elas muitas vezes têm receio dessa voz que vem surgindo do colaborador.

“As pessoas sempre criticaram as organizações em suas vozes internas e para o colega do lado, no mínimo. Ou seja, é uma grande bobagem fingir que isso não existe, mas na verdade, está ali”, alerta Daniela.  

Assista ou ouça a entrevista completa de Daniela ao podcast Endomarketing Brasil e saiba mais sobre o tema.

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