Início Comunicação Interna Agosto Lilás na Empresa: 11 dicas de ações para informar e sensibilizar sua equipe

Agosto Lilás na Empresa: 11 dicas de ações para informar e sensibilizar sua equipe

Informe e sensibilize os colaboradores com a campanha do 'Agosto Lilás - Sua dor tem nome. O autor também', um sinal de alerta aos casos de violência doméstica que se multiplicam no Brasil

O Agosto Lilás na empresa é mais uma dessas campanhas mensais que, sinceramente, gostaríamos que não precisassem existir. Não por falta de importância, muito pelo contrário, mas porque nenhuma mulher deveria viver com medo, sofrer calada ou ser vítima de qualquer tipo de violência.

Por isso, essa iniciativa não pode ficar de fora do calendário de ações de endomarketing da sua empresa. Afinal, quase metade das mulheres brasileiras sofreu algum tipo de violência em 2024, ou seja, é bem provável que o problema esteja mais próximo do que você imagina.

Ainda assim, acolher amigas, colegas e familiares exige mais do que palavras bonitas. É preciso validar o que elas dizem, oferecer um ambiente seguro e encorajá-las a buscar ajuda

Mais do que isso, é fundamental agir na raiz do problema. Isso envolve reconhecer que, em grande parte dos casos, os agressores são homens, e que muitos comportamentos, há muito tempo naturalizados, precisam ser questionados, expostos e combatidos.

Para saber mais sobre o Agosto Lilás na empresa, o mês dedicado ao combate à violência contra a mulher, além de dicas de ações imperdíveis para engajar, informar e sensibilizar os colaboradores, continue a leitura e conheça a campanha ‘Sua dor tem nome. O autor também’:

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Se em 2023 propusemos a campanha ‘Conta, Maria’, um apelo simbólico para que todas as mulheres denunciassem seus agressores, neste ano o foco é outro. Queremos lançar luz sobre o que costuma ficar escondido (e não estamos falando apenas da dor).

A violência contra a mulher, embora presente nos noticiários e nas estatísticas, muitas vezes permanece escondida no cotidiano. 

Estamos falando de uma dor silenciosa, disfarçada de normalidade e que não deixa marcas só no corpo, mas também na autoestima, nas relações e na confiança. Uma dor que tem nome, que pesa e que, infelizmente, ainda é carregada sozinha por muitas mulheres.

Mas não é só a dor que se esconde: o autor também.

Aquele que agride, ameaça e humilha, podendo ser um parceiro, colega, amigo ou parente. Muitas vezes, ele continua circulando livremente, impune e protegido por silêncios, piadas e estruturas que o favorecem em vários aspectos.

Por isso, a campanha ‘Sua dor tem nome. O autor também’ convida todos, empresas, lideranças e colaboradores, a encararem esse problema. A ideia é sair do discurso genérico e assumir o compromisso de identificar, nomear e combater comportamentos abusivos onde quer que eles estejam, inclusive dentro do ambiente de trabalho.

Para ajudar você nesse compromisso, confira as 11 dicas de endomarketing que preparamos especialmente para o Agosto Lilás na empresa:

Apesar de ser extremamente grave, a agressão física não é o único tipo de violência que pode afetar as mulheres. Porém, será que as funcionárias da sua empresa sabem disso?

Para mantê-las bem informadas, explique que a Lei Maria da Penha prevê cinco tipos de violência doméstica e familiar. São elas: econômica, física, moral, psicológica e sexual.

Abaixo você confere uma breve explicação sobre cada uma delas:

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Mulheres vítimas de violência doméstica dificilmente conseguem separar o que acontece em casa do trabalho, o que acaba comprometendo a sua produtividade e concentração.

Por isso, o Instituto Maria da Penha promove um workshop para gestores e funcionários de empresas públicas e privadas. Afinal, combater a violência é um dever de todos.

Dessa forma, o Agosto Lilás na empresa representa só o início de uma política contínua de enfrentamento à violência doméstica e familiar no ambiente de trabalho.

3. Explore diferentes canais de comunicação interna

Se a sua organização sempre quis experimentar vários canais de comunicação, mas nunca pôde testá-los, o Agosto Lilás na empresa é uma oportunidade imperdível!

Como essa é uma campanha que conversa com vários públicos diferentes, o uso de mais de um canal pode facilitar a disseminação e segmentação da mensagem.

Enquanto a TV corporativa faz mais sentido para quem trabalha no escritório, o aplicativo de comunicação interna alcança os colaboradores que estão em regime de home office.

Para além dos canais, o conteúdo também precisa ser adaptado. Afinal, a mulher vítima de violência não pode receber a mesma informação que potenciais agressores, por exemplo.

4. Crie um grupo de mulheres contra a violência

Nada mais efetivo do que promover um espaço onde as mulheres podem trocar experiências, dividir suas angústias e apoiar umas às outras sem julgamento.

Essas são as vantagens de criar um grupo de mulheres, que quando se reúnem regularmente, contribuem para uma rede de apoio sólida e acolhedora.

O grupo também pode convidar palestrantes de diversas áreas para falar sobre autoestima, carreira, maternidade, saúde e muito mais, expandindo a abordagem para além da violência.

5. Adote um canal de denúncias

Criar um canal de denúncias pode parecer uma medida simples, mas faz toda a diferença para quem está em situação de vulnerabilidade. E o melhor: essa é uma iniciativa que pode começar no Agosto Lilás e continuar ativa o ano todo.

Uma pesquisa global recente mostra que quase metade das mulheres brasileiras (49%) têm medo pela própria segurança no trabalho, seja durante o expediente, no trajeto ou em viagens a trabalho. 

E mais: 1 a cada 4 mulheres relatou já ter sofrido assédio enquanto atendia clientes ou consumidores, isto é, números que escancaram uma realidade que não pode mais ser ignorada.

Oferecer um canal seguro, que aceite denúncias anônimas e seja mediado por profissionais capacitados, é uma forma de mostrar que a empresa leva o tema a sério. O ImidiaApp, por exemplo, permite configurar esse tipo de canal com facilidade e sigilo.

Ao criar esse espaço de escuta e acolhimento, a empresa não apenas protege suas colaboradoras, como também deixa claro que, aqui, assédio e violência não têm vez. 

6. Encoraje a independência financeira das funcionárias

A dependência econômica é uma das principais razões que impedem mulheres em situação de violência de romperem o ciclo de abusos. Sem uma renda própria ou autonomia patrimonial, muitas permanecem em relações destrutivas por pura falta de opção.

Segundo pesquisa do Observatório da Mulher contra a Violência, em parceria com o Instituto DataSenado, 46% das mulheres deixam de denunciar seus agressores por dependerem economicamente do parceiro.

Esse dado reforça a importância de incentivar a autonomia financeira dentro do ambiente corporativo. Sua empresa pode contribuir com ações simples, mas de grande impacto. Fique por dentro de algumas delas:

  • Oferecer palestras sobre educação financeira, ajudando as mulheres a compreenderem e organizarem melhor suas finanças pessoais;

  • Incentivar programas de mentoria entre colaboradoras, fortalecendo vínculos e promovendo o crescimento profissional por meio da troca de experiências;

  • Criar campanhas internas de valorização do protagonismo feminino na carreira, reconhecendo trajetórias inspiradoras e promovendo exemplos positivos dentro da empresa;

  • Firmar parcerias com instituições que ofereçam cursos de capacitação profissional gratuitos ou com desconto, ampliando as oportunidades de qualificação e empregabilidade.

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7. Disponibilize apoio psicológico

A violência não afeta só o corpo. Ela abala a autoestima, distorce a percepção de realidade e muitas vezes deixa marcas profundas na saúde mental.

Por isso, oferecer suporte psicológico deve ser uma prioridade no ambiente de trabalho. Esse cuidado pode começar com ações internas, tais como:

  • Incluir psicólogos no plano de saúde corporativo, garantindo acesso facilitado a atendimentos especializados;

  • Contratar atendimento psicológico por demanda, voltado especialmente a colaboradoras em situação de vulnerabilidade ou que enfrentaram episódios de violência;

  • Firmar parcerias com ONGs e instituições especializadas, que ofereçam acolhimento gratuito, escuta qualificada e orientação emocional.

Ter a quem recorrer, com escuta ativa e sem julgamentos, é essencial para que essas mulheres se sintam acolhidas e fortalecidas para tomar decisões seguras. O suporte emocional também contribui para a criação de um ambiente corporativo mais humano e empático para todos.

8. Capacite líderes e profissionais de RH

Não basta apenas criar canais de denúncia ou materiais de campanha. 

Para que a empresa atue, de fato, no combate à violência contra a mulher, é necessário preparar as pessoas que estão na linha de frente.

Profissionais de RH e lideranças precisam estar capacitados para identificar sinais de violência, acolher denúncias com responsabilidade, orientar com empatia e encaminhar os casos de forma ética. 

Isso inclui treinamentos sobre escuta qualificada, primeiros passos diante de relatos sensíveis, e atualização constante sobre a legislação.

9. Crie um comitê de diversidade com foco em gênero

Comitês de diversidade são mais do que uma tendência: são ferramentas estruturadas para transformar a cultura organizacional. E, quando voltados à equidade de gênero, eles se tornam aliados potentes no combate à violência.

Ao formar um comitê com representantes de diferentes áreas e níveis hierárquicos, a empresa ganha um grupo de apoio que pode:

  • Monitorar o clima organizacional, colhendo percepções e identificando possíveis pontos de atenção;

  • Sugerir políticas internas que previnam a violência e promovam a equidade de gênero;

  • Acompanhar indicadores relacionados à diversidade, assédio e bem‑estar das colaboradoras;

  • Garantir que os temas de gênero e violência sejam trabalhados o ano todo, e não apenas em agosto.

Esse grupo pode também atuar como referência para colaboradoras em situação de vulnerabilidade, criando um espaço contínuo de escuta, acolhimento e construção de soluções reais.

10. Envolva os homens nas ações de conscientização

Você já teve a impressão de que, há alguns anos, parecíamos estar evoluindo no debate sobre igualdade de gênero? 

Muitas empresas adotaram políticas de diversidade, campanhas ganharam força e o assunto passou a ocupar espaço na mídia e nas conversas do dia a dia. Mas a realidade atual mostra que os retrocessos também existem, e são preocupantes.

Segundo a pesquisadora inglesa Laura Bates, fundadora do projeto Everyday Sexism (Sexismo Cotidiano, em tradução livre) e autora de livros sobre violência de gênero, o machismo está crescendo justamente entre os mais jovens

Ela alerta para o avanço do discurso misógino impulsionado por redes sociais e até por inteligência artificial, o que contribui para naturalizar comportamentos abusivos e desinformar meninos e homens em formação.

Ou seja, o problema não está apenas no passado, ele também está ganhando novas formas no presente. Por isso, é fundamental incluir os homens nas ações de conscientização, especialmente no ambiente corporativo. 

A empresa pode contribuir promovendo iniciativas como:

  • Rodas de conversa sobre masculinidades saudáveis, questionando padrões de comportamento e estimulando novas formas de se relacionar com respeito;

  • Campanhas educativas voltadas ao público masculino, com mensagens claras sobre limites, consentimento e responsabilidade;

  • Palestras com especialistas sobre machismo estrutural e cultura do estupro, criando pontes entre teoria e vivência;

  • Espaços de escuta para homens, com mediação profissional, para que possam refletir sobre seus próprios comportamentos e compreender seu papel na mudança;

  • Iniciativas que valorizem atitudes positivas, como o combate à piada machista, a interrupção de comportamentos abusivos e a promoção de ambientes mais seguros para todos.

Envolver os homens não é “algo a mais”, é uma necessidade. Afinal, combater a violência contra a mulher passa, inevitavelmente, por transformar os referenciais masculinos dentro e fora do trabalho.

Muitas vítimas de violência não sabem a quem recorrer. 

Em momentos de crise, o acesso rápido a informações confiáveis pode salvar vidas. É papel da empresa garantir que esses dados estejam visíveis e acessíveis a todos.

Crie materiais com os principais canais de denúncia e acolhimento, como o Disque 180, a Central de Atendimento à Mulher, as Delegacias da Mulher, casas de abrigo e centros de referência da sua cidade ou região. 

Por meio do ImidiaTV, sua empresa pode transmitir uma grade de programação temática durante o Agosto Lilás, veiculando conteúdos informativos de forma contínua e estratégica. 

Com os materiais do kit de campanha, é possível exibir vídeos, cards animados, mensagens de apoio, canais de denúncia e até depoimentos reais, o que ajuda a sensibilizar e engajar quem circula pelos espaços da empresa.

Já no ImidiaApp, uma alternativa é manter uma seção fixa com os principais canais e instituições de apoio às vítimas de violência. 

Dessa forma, as informações permanecem acessíveis o tempo todo, organizadas em um espaço seguro e discreto. 

Quanto mais visibilidade essas redes de proteção tiverem, maiores são as chances de que uma mulher, ao precisar de ajuda, saiba exatamente onde buscar.

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A música ‘Maria da Vila Matilde foi composta por Douglas Germano, inspirado na própria mãe, que viveu anos em um relacionamento marcado pela violência. Ele conta que, ainda criança, via as agressões e não podia fazer nada, além de sentir medo.

Décadas depois, transformou essa experiência dolorosa em arte e entregou a música a Elza Soares, que também foi vítima de violência doméstica e sempre falou abertamente sobre o assunto.

Contada em primeira pessoa, a música mostra o momento em que Maria decide denunciar. A letra é direta, sem rodeios, e ganhou ainda mais força na voz de Elza. 

Desde o lançamento, virou um símbolo de enfrentamento, e um lembrete de que a denúncia é um ato de coragem. Afinal, ninguém deve passar por isso calada.

Se a música da Elza soa como um grito de libertação, o livro ‘É Assim que Acaba’, de Colleen Hoover, representa o sussurro que revela os bastidores emocionais de uma relação abusiva. 

A protagonista, Lily, enfrenta um ciclo de violência camuflado pelo amor, pela esperança de mudança e memória dos bons momentos, um dilema vivido por muitas mulheres na vida real.

Um dos trechos mais impactantes do livro revela essa luta interna:

A leitura é dolorosa, mas necessária. Além disso, pode ajudar colaboradores e colaboradoras a compreenderem por que muitas vítimas permanecem em relações violentas por tanto tempo. 

É um chamado à empatia, à escuta sem julgamento e à construção de ambientes que acolham, e não silenciem.

Você sabia que mais de 2.400 mulheres são vítimas de violência por hora no Brasil?

Esse número alarmante é mais uma prova de que o combate à violência deve ser abordado em todos os espaços, sobretudo na sua empresa.

Em vez de reforçar que em briga de marido e mulher não se mete a colher, oriente e informe os colaboradores sobre a importância de denunciar essas práticas criminosas.

Para que a sua mensagem tenha um forte apelo visual e impacte mais pessoas, baixe grátis o kit de materiais do Agosto Lilás na empresa.

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