O Setembro Amarelo é o mês de prevenção ao suicídio, um tema delicado e que muita gente evita falar sobre. Seja pela falta de informação, ou por não saber lidar com amigos, colegas e familiares que podem passar por isso. 

Mas isso não pode impedir sua empresa de falar sobre o assunto. Afinal, o primeiro passo para resolver esse problema de saúde pública é reconhecer que o suicídio não só existe, como também é mais comum do que se imagina. 

Quer falar sobre o tema, mas não sabe como? 

Uma dica que vale para qualquer ação é não ser agressivo na abordagem. Por se tratar de um tema sensível, o suicídio pode despertar gatilhos nas pessoas. Dito isso, escolha bem suas palavras antes de soltá-las por aí sem responsabilidade.

Confira mais exemplos de ações e baixe grátis o kit de materiais do Setembro Amarelo:

1. Post-its de amor à vida

Quem nunca recorreu ao post-it para não esquecer algo importante, não é mesmo?

A verdade é que mesmo com as agendas online cheias de recursos, os bilhetinhos coloridos ainda fazem parte do dia a dia de estudantes e trabalhadores em geral.

É por isso que decidimos incluir esse item no kit de materiais do Setembro Amarelo. Afinal, os post-its de amor à vida servem para lembrar o que realmente importa: você não está sozinho!

Além dos lembretes e do Disque 188, o contato do Centro de Valorização da Vida (CVV), os post-its têm um campo para que a empresa preencha o seu canal de apoio, caso exista um.

• Para que serve? Acolher e motivar os colaboradores.
• Envolve quantas pessoas? Não há um número específico.
• Quanto tempo dura? 30 dias ou enquanto durar a campanha.
• Vou precisar de quê? Versão impressa dos post-its.

2. Parar também é bom

Mesmo depois da pandemia, muitas empresas se renderam aos benefícios do trabalho remoto.

Porém, trabalhar em casa provoca a falsa sensação de que podemos produzir durante horas, o que pode ser um prato cheio para o burnout: a síndrome do esgotamento profissional.

Permita que os funcionários faça alguns intervalos para relaxar e pôr as ideias em ordem. Além do esgotamento, a jornada contínua aumenta as chances de erro e reduz a produtividade.

Vale lembrar que as pequenas pausas podem se tornar uma prática recorrente no dia a dia da empresa. Você só precisa comunicá-las e administrá-las com responsabilidade.

• Para que serve? Oferecer um momento de descanso aos colaboradores.
• Envolve quantas pessoas? Não há um número específico.
• Quanto tempo dura? Ação atemporal.
• Vou precisar de quê? Comunicados e conteúdos sobre bem-estar e saúde mental.

3. Saúde mental é bem-estar

Um estudo mostra que 81% dos profissionais estão se sentindo esgotados no trabalho.

Considerando que muitos colaboradores passam mais tempo no trabalho do que em casa, a empresa também deve se responsabilizar pela manutenção da saúde mental de sua equipe.

Estamos falando do plano de saúde, que garante acesso a psicólogos e psiquiatras por um preço mais baixo. Além disso, a empresa pode oferecer: brindes, cursos, vale-cultura, etc.

Caso a sua empresa não tenha condições de investir nesse tipo de benefício, continue lendo e conheça outras formas de promover momentos de escuta e acolhimento.

• Para que serve? Investir na saúde mental dos colaboradores.
• Envolve quantas pessoas? Não há um número específico.
• Quanto tempo dura? Benefício atemporal.
• Vou precisar de quê? Coberturas, dados cadastrais, tipos de plano, etc.

4. 1:1

Não é de hoje que o 1:1 faz parte do dia a dia de empresas que querem promover uma comunicação mais efetiva e transparente entre gestores e funcionários.

Mas além de abordar questões relacionadas ao trabalho, que tal aproveitar esses encontros para saber como o colaborador está se sentindo dentro e fora da empresa?

Concordamos que esses encontros não substituem o acompanhamento de um profissional, mas eles são fundamentais para trazer alivio emocional e melhorar o ambiente de trabalho.

Proporcione um espaço onde os funcionários podem compartilhar suas angústias, inseguranças e medos sem julgamento. Assim, a empresa adota uma postura mais humanizada.

• Para que serve? Oferecer um espaço de escuta aos colaboradores.
• Envolve quantas pessoas? Duas pessoas: o líder + membro da equipe.
• Quanto tempo dura? Encontros semanais de 15 a 20 minutos.
• Vou precisar de quê? Agendar o encontro, escolher o local ou plataforma, etc.

5. Tutores que inspiram

Presente em escolas e universidades, o tutor é aquela pessoa que muito provavelmente já esteve na sua pele e pode ajudá-lo a superar vários desafios no ambiente de trabalho.

Ao contrário do que se imagina, o tutor não é uma figura de autoridade, e sim uma referência de alguém que estudou, trabalhou e tem a didática necessária para ensinar os outros.

Como ele já esteve do outro lado, o tutor sabe dar feedbacks empáticos e humanizados como ninguém, e isso faz toda a diferença na hora de abordar os colaboradores.

Inclua essas figuras inspiradoras no cotidiano da sua empresa!

• Para que serve? Inspirar e orientar os colaboradores.
• Envolve quantas pessoas? Duas pessoas: o tutor + tuterado.
• Quanto tempo dura? Encontros semanais de 15 a 20 minutos.
• Vou precisar de quê? Agendar o encontro, escolher o local ou plataforma, etc.

6. O esporte salva vidas

Fazer atividade física libera endorfina, uma das substâncias responsáveis pela sensação de bem-estar e euforia. Que tal incentivar a prática do esporte na sua empresa?

Mesmo depois da campanha do Setembro Amarelo, a sua empresa pode organizar atividades esportivas em grupo, como aulas de dança, corrida, futebol, yoga e muito mais.

Além de promover a integração entre equipes que não costumam trabalhar juntas, o espírito esportivo contribui para um ambiente mais leve e produtivo.

Se falta espaço na sua empresa, não se preocupe: 15 minutinhos de alongamento antes do expediente fazem toda a diferença. Pode apostar!

• Para que serve? Divertir e integrar os colaboradores.
• Envolve quantas pessoas? Depende da atividade e do tamanho da equipe.
• Quanto tempo dura? Depende da atividade.
• Vou precisar de quê? Definir a data, hora e local, enviar o convite, etc.

+6 dicas BÔNUS para o Setembro Amarelo

Amigos de quatro patas | Se os pets são a alegria da casa, no trabalho não podia ser diferente. Além de deixarem o ambiente mais leve e sociável, os animais de estimação diminuem o cansaço das pessoas e as deixam mais felizes. No mais, um estudo recente da Pets At Work mostra que 45% do entrevistados acha que trabalhar ao lado de um bichinho de estimação reduz o estresse.

Dicas de leitura | Um bom livro é capaz de provocar mudanças inimagináveis na vida de uma pessoa. Por isso, faça uma seleção de obras que auxiliem os funcionários a entenderem a problemática do suicídio e a importância de cuidar da saúde mental. Depois da leitura, os colaboradores podem se reunir para compartilhar seus aprendizados e trocar experiências.

Além das dicas de livros incríveis que você encontra aqui, baixe grátis o kit de materiais, imprima o modelo de marca-páginas e presenteie os funcionários!

Exemplos de superação | Cada um tem a sua história e o seu jeito de lidar com as dificuldades da vida, mas ouvir o relato de outras pessoas pode inspirar novas atitudes. Convide alguém que superou os problemas de saúde mental para compartilhar sua experiência com os funcionários. Dessa forma, eles podem se convencer a prestar mais atenção nos sinais e buscar ajuda, se necessário.

Fazendo arte | Nem todo mundo consegue expressar o que está sentindo por meio da fala. Incentive os colaboradores a demonstrarem suas emoções através da arte, como desenho, fotografia, música, entre outras expressões artísticas. Você também pode criar uma galeria para expor os trabalhos dos funcionários durante o Setembro Amarelo.

Já meditou hoje? | Pode parecer loucura, mas a ciência comprovou que a meditação diminui o estresse e a ansiedade no ambiente trabalho. Embora seja mais comum em países da Europa, empresas daqui fazem uso da prática para melhorar o foco e o rendimento da equipe. Vale lembrar que o exercício pode ocorrer antes ou durante o expediente.

Materiais que fazem pensar | Conteúdos criativos e dinâmicos chamam a atenção da sua equipe e a faz refletir sobre o assunto. Pretende vestir a TV corporativa, o app de comunicação interna e as redes sociais da sua empresa com as cores do Setembro Amarelo? Baixe grátis o material que preparamos para você! São cards, cartazes e papéis de parede para usar como quiser!

A linha do tempo

Você já ouviu falar em ansiedade, depressão, saúde mental e terapia? Essas palavras não querem dizer a mesma coisa, mas ganham cada vez mais espaço na mídia e nas redes sociais.

No entanto, existe outra palavra que ficou escondida por muito tempo, mas que aos poucos recebe a atenção e o cuidado que merece: o suicídio, que faz 800 mil vítimas todos os anos.

O número de vidas perdidas influenciou o surgimento de campanhas como o Setembro Amarelo, que no Brasil é promovida pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) desde 2015.

Mas antes de chegar por aqui, muita coisa aconteceu. Acompanhe a linha do tempo:

1994 – Fita amarela

A campanha do Setembro Amarelo surgiu nos Estados Unidos em 1994, como resposta à trágica morte do jovem Mike Emme, que tirou a própria vida aos 17 anos de idade.

Mike adorava carros e, antes mesmo de dirigir, comprou um Mustang 1968. Na época, ele reformou e pintou o veículo de amarelo, o que mais tarde seria a cor símbolo da campanha.

Em seguida, para homenagear o garoto, amigos e familiares criaram pequenos cartões com uma fita amarela (yellow ribbon, em inglês). Igual ao Mustang que ele tanto amava.

Cada cartão tinha a frase: “Se você está pensando em suicídio, entregue o cartão a alguém e peça ajuda!”. O objetivo da ação era ajudar jovens que também pensavam em se suicidar.

O movimento que começou com 500 cartões no funeral de Mike ganhou o mundo. Por isso, em 2003, a OMS oficializou o 10 de setembro como o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio.

2015 – No Brasil

A campanha chegou no Brasil por meio do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Em vez de concentrar as atividades em um dia só, as instituições criaram o Setembro Amarelo, um mês totalmente dedicado à prevenção do suicídio.

Para chamar a atenção das pessoas sobre a importância do tema, empresas e locais públicos são iluminados de amarelo durante toda a campanha.

No ano de lançamento, por exemplo, o Cristo Redentor (RJ), Congresso Nacional (DF), Estádio Beira Rio (RS) e Elevador Lacerda (BA) ganharam novas luzes.

No entanto, além das mudanças nas grandes cidades, existem ações ainda mais importantes, como caminhadas, eventos, palestras, rodas de conversa e muito mais.

O objetivo? Falar sobre o assunto e fazer as pessoas pensarem.

A saúde mental e o suicídio em dados

Você sabia que o Brasil registra uma morte por suicídio a cada 45 minutos? Entre as causas mais comuns, estão os transtornos mentais, que ainda são diminuídos por muita gente.

Para se ter uma ideia, o IBGE aponta que, em 2019, 10,2% das pessoas com 18 anos ou mais foram diagnosticadas com depressão, o que corresponde a 16,3 milhões de pessoas.

E não é só isso! De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com maior índice de ansiedade do mundo, com quase 19 milhões de pessoas.

Um dos fatores que motivaram esse aumento foi a pandemia do coronavírus. Afinal, o isolamento e a perda de pessoas queridas mexe com o emocional das pessoas.

Vamos relembrar uma aula sobre saúde mental?

“Não confio mais tanto em mim quanto antes. Talvez seja o fato de estar ficando velha. Não somos apenas atletas. Somos pessoas. E, às vezes, é preciso dar um passo para trás”. — Nicole Biles, agosto de 2020.

Nas Olimpíadas de Tóquio de 2021, uma das maiores e mais premiadas ginastas de todos os tempos, Simone Biles, abandonou as finais da ginástica.

Ela era uma das promessas de medalha para os Estados Unidos, mas resolveu desistir da competição em prol da sua saúde mental. Porém, o que isso quer dizer?

Por exemplo: se você tem um dia ruim na escola ou no trabalho, mas mesmo assim fica em paz, esse pode ser um sinal de que a sua saúde mental está em dia.

Por outro lado, isso não quer dizer que você é feliz o tempo todo. Apenas que consegue lidar com as emoções com mais leveza e entende os altos e baixos da vida.

Ao contrário do que se imagina, Simone Biles não é fraca. Viver para o esporte exige dedicação e preparo físico, mas é o emocional que faz toda a diferença.

“Sinto como se tivesse o peso do mundo nas minhas costas. Faço parecer que a pressão não me afeta, mas é difícil”, disse a atleta em seu perfil no Instagram.

Conclusão

Embora tenhamos o hábito de ir ao médico para verificar se a saúde do nosso corpo vai bem, nem sempre demonstramos a mesma preocupação com o nossa mente.

Isso também se aplica aos seus colaboradores, que ao serem tomados por uma rotina intensa, podem não ter tempo de lidar com as próprias emoções e sentimentos.

Portanto, aproveite o apelo do Setembro Amarelo para promover ações e atividades que abordem a saúde mental e o suicídio, com a atenção e o cuidado que esses assuntos exigem.

E lembre-se: saúde mental não é frescura! Doenças como ansiedade, depressão e síndrome do pânico têm tratamento. Alerte o público interno com os nossos conteúdos e boas ações!