Início Comunicação Interna O assédio sexual no trabalho e porque ele deve acabar

O assédio sexual no trabalho e porque ele deve acabar

O Agosto Lilás já passou. No entanto, o combate à violência contra a mulher deve acontecer todos os dias do ano.

O Agosto Lilás já passou. No entanto, o combate à violência contra a mulher deve acontecer todos os dias do ano. Falar sobre o assédio sexual no trabalho, por exemplo, ajuda a reverter essa realidade. Afinal de contas, mesmo sendo uma prática comum, o tema ainda é um tabu para muita gente.

Antes de tudo, precisamos saber o que é assédio sexual. Ele ocorre quando alguém faz convites e piadas indevidas a fim de obter relações com a vítima. No ambiente laboral, porém, o abusador usa o seu cargo na empresa para conseguir o que quer. Partindo para a chantagem, humilhação, etc.

Qualquer pessoa pode sofrer assédio. Independente da classe, cor ou gênero. Contudo, mulheres são as vítimas mais comuns. Durante muito tempo, a mulher era vista como objeto. Seja em casa ou no trabalho. O homem, por sua vez, passa a cometer o assédio para mostrar que é mais forte e poderoso que a mulher.

O que não é verdade.

Para se ter uma ideia, cerca de 47% das mulheres já foram assediadas no local de trabalho. É o que aponta um estudo do Linkedin com a consultoria Think Eva, divulgado em 2020. Os dados também mostram que 15% das mulheres se demitiram depois do abuso, mas por quê?

Em primeiro lugar, fazer uma denúncia não é nada fácil. Isso porque a maioria dos abusadores ocupa os cargos mais altos da empresa. Sendo assim, a vítima fica com medo de ninguém acreditar no que ela tem a dizer e se cala. No mais, o abuso em si e não falar do assunto pode ser um trauma para a vida toda.

Por que falar sobre o assédio sexual no trabalho?

O humorista Marcius Melhem é acusado de assediar oito colegas de trabalho. Fonte: Maurício Fidalgo

Em dezembro de 2020, a revista piauí publicou a reportagemO que mais você quer, filha, para calar a boca?“. A matéria fala sobre o caso Marcius Melhem, humorista acusado de assediar oito colegas de trabalho. O texto reúne relatos de 43 pessoas que sabem ou testemunharam os abusos de Melhem.

No entanto, a maioria só falou com a condição de que seus nomes não fossem divulgados. O medo de ataques e de perder o emprego explica que o assédio, além dos danos à vítima, afeta o ambiente de trabalho. Por isso, funcionários perdem a confiança nos líderes, produzem menos e se desmotivam. 

Sendo assim, não adianta fechar os olhos para um assunto tão sério e fingir que ele não existe. Em casos como esse, empresas devem ouvir a vítima, investigar o ocorrido e punir o agressor. É comum a empresa se abster do problema por várias razões, tais como o cargo do abusador e o medo de uma crise de imagem. 

Foi o que aconteceu com a Globo, uma das maiores emissoras de TV do mundo. Conforme citamos antes, Marcius Melhem está sendo investigado por assédio. O caso com mais destaque na mídia é o da humorista Dani Calabresa. Ela procurou o programa de compliance da empresa e fez uma denúncia.

Em resumo, depois de muitas reuniões e com a chegada de novas denúncias, Melhem se afastou da Globo. Na época, a emissora divulgou uma nota sem citar o assédio moral ou sexual, o que frustrou muita gente. Com base nisso, as empresas têm que ser claras do início ao fim do processo.

Veja o que fazer para prevenir o assédio no trabalho:

Informe

Conversar com a equipe no Agosto Lilás e no Dia da Mulher é uma boa ideia, mas não é a única. Discutir um tema com tantos espinhos deve fazer parte do dia a dia da empresa. Por isso, use as redes sociais e a TV corporativa para divulgar dados e atingir mais colaboradores. Ah! Lembre-se das oficinas, palestras, etc.

Acolha

O abuso deixa marcas que custam a curar. Quando a vítima não recebe apoio de ninguém, então, o processo é ainda pior. Deste modo, ouvir o que a pessoa tem a dizer faz toda a diferença. O acompanhamento de um psicólogo também é fundamental para resgatar a autoestima, o bem-estar e a sua confiança. 

Denuncie

O assédio sexual é crime no Brasil desde 2001. Ele está previsto no artigo 216-A do Código Penal, com pena de um a dois anos de prisão. Por outro lado, nem todas as vítimas sabem do poder que têm nas mãos. Além da denúncia em si, a vítima pode usar áudios, conversas, e-mails, fotos e vídeos para provar o caso.

A culpa nunca é da vítima

No mais, muitos preferem culpar a vítima em vez de punir quem abusa. Para se ter ideia, a cada 11 minutos uma mulher é estuprada no país. Porém, apenas 35% dos casos são denunciados. Isso porque muitas delas só se dão conta da violência depois de anos. Além disso, existe o medo da exposição, do julgamento, etc.

Sendo assim, escute o que a vítima tem a dizer e não poupe esforços para ajudá-la!

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