Início Comunicação Interna O burnout se tornou uma doença ocupacional. E agora?

O burnout se tornou uma doença ocupacional. E agora?

Desde o dia 1º do mês passado, a OMS passou a considerar a síndrome de burnout como uma doença ocupacional. Isso quer dizer que, de agora em diante, os profissionais vão ter acesso aos mesmos direitos trabalhistas e previdenciários de outras doenças que o emprego pode causar.

Desde o dia 1º do mês passado, a OMS passou a considerar a síndrome de burnout como uma doença ocupacional. Isso quer dizer que, de agora em diante, os profissionais vão ter acesso aos mesmos direitos trabalhistas e previdenciários de outras doenças que o emprego pode causar.

Com a mudança, a empresa deve pagar o salário do funcionário que se afastar por até 15 dias. Caso ele precise se ausentar por mais tempo, o profissional tem direito a entrar com o pedido de auxílio-doença. Um benefício que o INSS garante aos que não podem trabalhar por acidente ou doença.

Em linhas gerais, os colaboradores e as empresas têm muito o que aprender com essas mudanças. Ao passo que a equipe deve estar por dentro de seus direitos, é dever dos empregadores zelar pela saúde física e mental de seu time. Para saber como fazer isso na prática, leia mais sobre a doença:

Sobre o burnout

Muito se diz que o ambiente de trabalho deve ser um lugar agradável e de respeito aos colegas. Porém, o que se vê por aí está bem longe do ideal. Por isso, cerca de 33 milhões de brasileiros foram diagnosticados com burnout: a síndrome do esgotamento profissional. Já ouviu falar?

Em resumo, o burnout nada mais é do que um distúrbio psíquico provocado por condições de trabalho que são desgastantes. Ou seja, o paciente fica com uma sensação de esgotamento emocional e físico que afeta, não apenas, o seu rendimento, mas também a sua vida pessoal.

De um modo geral, o burnout é mais comum entre os profissionais de saúde. De acordo com uma pesquisa, 83% dos que atuam na linha de frente demonstram sinais da síndrome. O estudo mostra que eles apareceram em: 79% dos médicos; 74% dos enfermeiros; e 64% dos tec. de enfermagem.

Além disso, os mesmos dados também apontam que o burnout costuma atingir os mais jovens e as mulheres. No entanto, nada impede que outros grupos desenvolvam a doença. Afinal de contas, as causas da doença podem estar relacionadas ao abuso dos chefes, à carga horária excessiva, etc.

Os principais sintomas do burnout são: a alteração dos batimentos cardíacos, o cansaço físico e emocional, as dores de cabeça, a insonia e as mudanças no apetite e no humor. A boa notícia é que o burnout tem tratamento. Mas ele requer a participação de psicólogos e de psiquiatras.

Como prevenir o burnout?

Os mais velhos dizem que a prevenção é o melhor remédio. Isso também vale para o burnout. Que pode, muito bem, ser evitado. Desde que os gestores se deem conta do problema e não poupem esforços para resolvê-lo. Uma vez que o bem-estar do time é de responsabilidade da empresa.

Para se ter ideia, o dinheiro tem o seu grau de importância. Porém, um bom salário está longe de garantir a plena satisfação dos colaboradores. Isso porque, além da questão financeira, existem outros fatores que fazem a diferença. Tais como: o ambiente em si, a relação com os colegas, etc.

Com base nisso, muitas empresas têm se preocupado com a experiência de seu pessoal. É aí que entra o conceito de employee experience. Uma tendência que só cresce no mundo todo e que visa colocar o colaborador como protagonista das decisões do RH. Mas o que isso quer dizer?

Em suma, o employee experience, ou EX, é uma ferramenta que ajuda o RH a identificar qual é a opinião dos funcionários e como eles se sentem dentro da empresa. Desde o recrutamento, até o dia da demissão, caso ocorra. No mais, essa pode ser uma ótima aliada na luta contra o burnout:

Employee Experience

Para se ter ideia, a experiência de qualquer profissional também tem relação com o espaço onde ele atua. Sendo assim, a sua satisfação vai depender de um ambiente climatizado, limpo e seguro. O mesmo vale para a cozinha e/ou refeitório. Que precisam estar adequados para receber o time.

Para além do ambiente físico, existe também o tecnológico. Isto é, as soluções que as empresas oferecem às equipes para que elas façam um bom trabalho. Uma delas é a TV corporativa, que acaba com os ruídos na comunicação, concentra as informações em um só lugar e muito mais.

Por fim, as TVs também atendem a outra demanda: a do ambiente cultural. Em suma, ele traduz o clima da empresa e o que os colaboradores sentem no dia a dia. Sendo assim, ao usar as telas para exibir conteúdos sobre a cultura corporativa, o time sabe mais da organização e se aproxima dela.

Por outro lado, a cultura de uma empresa pode servir de termômetro para o burnout. Saiba como:

A cultura corporativa nos energiza ou nos drena, nos motiva ou desencoraja, nos capacita ou nos sufoca. Todos nós experimentamos a cultura corporativa de nossas organizações, todos os dias. Seja positiva ou negativa.

Formando bons líderes

O brasileiro trabalha, em média, 44h por semana. Em algumas capitais do país, como São Paulo, o tempo gasto com a ida e a volta pode chegar a 7,8h semanais. Ou seja, cerca de 52h dedicadas ao trabalho. Se encarar uma jornada tão longa já é difícil, com um chefe tóxico do lado, nem se fala.

De acordo com uma pesquisa da Capita, 49% dos entrevistados diz não saber como abordar o seu chefe quando o assunto é a saúde mental. O estudo também mostra que 42% dos trabalhadores já sofreram assédio moral. Um problema que pode ser o ponto de partida para a síndrome. Por quê?

Em poucas palavras, relações de conflito entre chefes e colaboradores fazem um mal danado não só para as empresas, mas aos funcionários, em especial. Que são obrigados a digerir situações mal resolvidas que afetam, não apenas, o bem-estar, mas também a saúde emocional, física e mental.

Portanto, as empresas que formam bons líderes estão mais próximas de atingir bons resultados. Porém, isso vai depender da qualificação desses profissionais e da capacidade que eles têm de conduzir processos, dar feedbacks e de se adaptar às mudanças que podem surgir no caminho.

Assumindo a responsabilidade

Se antes o burnout era um problema que o colaborador deveria resolver sozinho, agora a realidade é outra. Mais do que reconhecer que o problema existe e dar a assistência necessária para resolvê-lo, as empresas devem prevenir a síndrome de burnout. Através do acolhimento, da escuta, etc.

Por isso, a Pix Mídia já criou vários conteúdos sobre a saúde mental dos colaboradores e porque as empresas não podem deixá-la de lado. Além dos artigos, que abordam temas como o abuso e os ambientes de trabalho que são tóxicos, existem as dicas de endomarketing e os kits de conteúdo.

Conheça alguns deles:

Janeiro Branco | O mês de conscientização sobre a saúde mental
Setembro Amarelo | O mês de prevenção ao suicídio
Como identificar um ambiente de trabalho tóxico?
O abuso sexual no trabalho e porque ele deve acabar

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