Dia da Consciência Negra – 6 Dicas de Ações + Kit de Materiais de RH

Dia 20 de novembro é o Dia da Consciência Negra. Para que a sua empresa não fique de fora, vamos sugerir 6 dicas de ações de endomarketing e um kit de materiais de RH sobre a data.

Dia 20 de novembro é o Dia da Consciência Negra. Para que a sua empresa não fique de fora, vamos sugerir 6 dicas de ações de endomarketing e um kit de materiais de RH sobre a data. Boa leitura! (:

Tu é minha empregada. Quem disse isso foi uma manifestante em uma sessão da Câmara de Vereadores de Porto Alegre – RS, no dia 20 de outubro de 2021, um mês antes do Dia da Consciência Negra.

Na ocasião, a manifestante xingou a vereadora Bruna Rodrigues, uma mulher preta. Depois da confusão, os parlamentares registraram um boletim de ocorrência por racismo.

O caso, assim como tantos outros, ganhou a mídia. E não para por aí!

De acordo com a Polícia Civil, a loja Zara, do Shopping Iguatemi de Fortaleza – CE, criou um código secreto: o Zara Zerou. Quando acionado, os funcionários devem seguir as pessoas pretas que entram na loja.

Todos esses casos vieram à tona na mesma semana. Por isso, o Dia da Consciência Negra tem uma missão muito importante: lutar contra o racismo e a desigualdade social do país.

Como surgiu a luta?

O Dia da Consciência Negra faz parte do calendário escolar desde 2003. Porém, a data só foi instituída de forma oficial em 2011, por meio da Lei 12.519. Mesmo assim, nem todas as cidades aderem ao feriado.

O Dia da Consciência Negra é fruto da luta dos movimentos sociais do país, que queriam celebrar a data desde os anos 70. Já o dia 20/11 apareceu nas pesquisas de Oliveira Silveira, um ativista gaúcho da época.

Ele estudou a história de Zumbi dos Palmares, líder quilombola escravizado que foi morto enquanto defendia o seu povo, em 20/11/65. Por isso, a data coincide com o Dia Nacional de Zumbi dos Palmares.

Mas um dia é pouco para reivindicar todos os direitos das pessoas pretas. Afinal, são anos de discriminação e violência. Além disso, a falta de acesso à educação e ao trabalho também deve ser levada em consideração.

Dia da Consciência Negra – 6 Dicas de Ações

Depois da África, o Brasil é o país com mais pessoas negras do mundo. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2019, mais da metade da população se declara preta ou parda, com 56,2%.

Porém, o racismo estrutural ainda mantém os negros à margem da sociedade. Isso porque os brancos estão no topo da pirâmide social, ocupando cargos de liderança e ganhando os maiores salários.

De acordo com o IBGE, a remuneração dos profissionais negros foi 45% menor do que a dos brancos, em 2019. Além disso, o mesmo estudo mostra que as mulheres negras recebem 70% menos do que as brancas.

Ao abordar o Dia da Consciência Negra, a empresa entra na luta contra o racismo e a desigualdade. No entanto, é preciso adotar mudanças de ponta a ponta. Não sabe como? Leia as dicas abaixo:

1. Contrate pessoas pretas

Antes de tudo, contratar pessoas pretas no seu time não pode ser algo restrito ao Dia da Consciência Negra. Afinal de contas, um estudo da Accenture mostra que equipes diversas são mais criativas e inovadoras.

Em 2021, a Magazine Luíza, uma das 25 maiores varejistas do mundo, lançou um programa de trainee para pessoas pretas. Isso porque a empresa se deparou com uma realidade difícil de engolir.

Ao passo que 53% dos funcionários são pretos ou pardos, só 16% ocupam cargos de chefia. Desse modo, além de contratar, é preciso garantir que os profissionais negros cresçam onde estão.

2. Substitua falas racistas

Às vezes, as palavras pesam mais do que as atitudes. Por isso, nada mais justo do que rever algumas frases que não são mais bem-vindas e que ferem o outro. Veja alguns exemplos e como substitui-los no dia a dia:

01. Troque denegrir por difamar
02. Troque inveja branca por inveja boa
03. Troque mercado negro por mercado ilegal
04. Troque a coisa tá preta por a situação tá complicada

3. Baixe o kit de materiais de RH

Em vez de fingir que o problema não existe, que tal falar sobre ele? Transforme as redes sociais, a TV corporativa e o aplicativo de comunicação interna da sua empresa em canais de combate ao racismo.

Utilize o kit de materiais de RH para criar a sua grade de programação, exibi-la em todas as telas e engajar os colaboradores. Além disso, os cards para redes sociais aproximam sua marca do público externo.

4. Converse com quem vive tudo isso na pele

Uma boa conversa pode mudar muita coisa. Isso porque o racismo existe, mas muita gente finge que não. De acordo com o Atlas da Violência 2018, 75,7% das vítimas de homicídio do país são negras.

Portanto, temas como o sistema de cotas raciais e a intolerância às religiões de matriz africana, por exemplo, deixam o Dia da Consciência Negra ainda mais informativo e próximo do real.

Porém, não deixe de consultar fontes confiáveis e ouvir pessoas pretas. Até porque elas têm o conhecimento e a vivência necessários para falar sobre o assunto. Desse modo, use toda essa bagagem a seu favor.

5. Resgate as histórias e os feitos de pessoas pretas

Da política ao cinema. Da música ao esporte. Da comunicação ao entretenimento.

A história de pessoas negras é inspiradora e representativa. Contudo, muitas delas acabam de forma trágica, algo que poderia ser evitado, caso a sociedade não fosse tão cruel, intolerante, racista, etc.

Por isso, resgatar a vida dessas figuras é o mesmo que cultivar sementes e transformá-las em raízes. No mais, inclua a luta de Angela Davis, Marielle Franco, Martin Luther King e Nelson Mandela em suas ações.

6. Mostre exemplos da vida real

Em julho de 2020, a cantora Beyoncé, uma das artistas negras mais influentes da atualidade, lançou Black Is King, um álbum visual para promover o live-action de O Rei Leão, da Disney.

A mega produção fala de ancestralidade e enaltece a cultura do povo africano. Contudo, à época do lançamento, a antropóloga Lilia Moritz Schwarcz postou uma crítica em sua coluna na Folha de S. Paulo.

Com o título Filme de Beyoncé erra ao glamorizar negritude com estampa de oncinha, o texto de Lilia, uma mulher branca, recebeu críticas de estudiosos e influenciadores pretos. Por quê?

Muitos apontaram que o problema vai além de uma opinião. Isso porque a maioria das pessoas brancas prefere agir com soberba, em vez de rever seus conceitos, privilégios, etc.

Nesse sentido, esse e outros exemplos reais podem ajudar os colaboradores a entenderem a importância da vivência de pessoas negras. Ou seja, a propriedade que elas têm para conduzir suas narrativas.

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