Nunca se falou tanto sobre invasão de privacidade nas empresas quanto agora!
Os casos de empresas que invadem a vida privada de seus funcionários são mais comuns do que se imagina. Isso porque muitas organizações, ao monitorar o trabalho do time, podem passar dos limites do bom senso e da lei.
Afinal, com a pandemia de Covid-19, muitas empresas adotaram o home office como principal modelo de trabalho, uma mudança que trouxe muitas dúvidas e inseguranças às organizações. Leia mais sobre a invasão de privacidade:
O que é invasão de privacidade?
Infelizmente, as leis trabalhistas ainda são pouco claras no que diz respeito aos casos de invasão de privacidade no trabalho. O mesmo ocorre na Constituição Federal, que, apesar de mencionar o direito à intimidade e à vida privada, dá muita margem para interpretação.
Por isso, o ideal é que cada empresa crie o seu próprio código de conduta e deixe bem claro o que será monitorado.
Caso os funcionários utilizem o celular e o computador da empresa, por exemplo, ela pode monitorá-los como achar melhor. Isso quer dizer que a companhia pode monitorar os programas que o colaborador instala, os sites que acessa e as informações que compartilha.
Porém, para que o controle de atividades ocorra sem grandes problemas, a empresa deve incluir o monitoramento no contrato de trabalho, mas, mesmo que o monitoramento seja informado previamente, não dá para abrir mão do bom senso.
Por mais que a empresa possa intervir neste tipo de coisa, a relação com o time não pode ser de desconfiança, pois a invasão de privacidade pode contribuir para um ambiente tóxico, além de distanciar os colaboradores dos propósitos da empresa.
Continue a sua leitura e saiba como supervisionar o dia a dia do time, mas sem exageros:
1. Troque a invasão de privacidade pela autonomia
Acompanhar o trabalho da equipe é uma forma de medir o seu desempenho e identificar o que está indo bem ou não, mas em vez de agir de forma invasiva, a empresa pode oferecer recursos para que o time faça o registro das atividades e do tempo necessário para concluir cada uma.
2. WhatsApp: use com moderação
O fato de alguém estar online no WhatsApp não quer dizer que a pessoa pode responder na hora. Caso o seu pedido não seja urgente, evite enviar mensagens fora do horário de trabalho e avalie se a ferramenta é realmente necessária no contexto da empresa.
Apesar de rápido e prático, o WhatsApp facilita a perda de informações e tira o foco dos colaboradores durante o expediente. Nesse caso, um número corporativo ou aplicativo de comunicação interna pode ajudar o dia a dia de todos. Para informar e atualizar os colaboradores, clique aqui e conheça o ImidiaApp.
3. Seja transparente
A invasão de privacidade nunca é um bom caminho! Invista em uma comunicação clara e que atenda aos interesses da empresa e dos colaboradores. Assim, todos ficam cientes do que podem ou não fazer. Por isso, use canais como a TV corporativa para divulgar normas, procedimentos, dicas de produtividade e muito mais.
Leia abaixo e saiba o que não fazer:
Sobre a invasão de privacidade, a empresa não deve:
- Passar dos limites no monitoramento, pois podem caracterizar assédio;
- Instalar escutas eletrônicas sem o conhecimento da equipe;
- Monitorar o funcionário em locais privados, como o banheiro;
- Revistar os pertences do colaborador na entrada e na saída.
Por outro lado, os colaboradores podem:
- Evitar o acesso às redes sociais durante o expediente;
- Utilizar as ferramentas de trabalho com consciência;
- Em caso de abuso, falar com os líderes ou buscar orientação jurídica.
Sobre o código de conduta
O código de conduta é um forte aliado não só das empresas, mas também dos funcionários.
Por meio dele, cada organização deixa claro qual é a sua postura em relação a diversas questões éticas e comportamentais, estabelecendo o padrão de comportamento que os colaboradores precisam seguir.
Vale lembrar que sua criação requer estratégia, planejamento e deve envolver não só o RH, mas também todos os líderes da empresa. Enfim, é importante garantir que o código de ética seja claro, objetivo e de fácil entendimento.
Sem falar na revisão de um advogado, afinal de contas é ele quem vai atestar a sua legalidade.